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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Testemunho de vida é exigência sagrada, diz bispo


André Luiz
Da Redação


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“As palavras convencem a cabeça, o testemunho arrasta corações”. Esta frase é muito conhecida por todos, mas, de modo especial por aqueles que são defensores de que o testemunho de uma vida autenticamente cristã é fundamental para a vida e missão da Igreja.
Em vista da necessidade de se encontrar entre os cristãos modelos de vida e testemunhos de consagração autêntica, que sirvam de orientação para o mundo atual, é que o Papa Bento XVI convocou toda a Igreja a unir-se em oração pelo clero e pela vocação e missão da Igreja, neste mês de novembro.
O pedido do Papa é para “que os bispos, os sacerdotes e todos os ministros do Evangelho dêem um testemunho corajoso de fidelidade ao Senhor crucificado e ressuscitado".
A Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi chama atenção para a necessidade deste testemunho cristão e aponta-o como sendo o primeiro caminho que a Igreja deve percorrer para viver a evangelização:

“Será pois, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja há de, antes de mais nada, evangelizar este mundo; ou seja, pelo seu testemunho vivido com fidelidade ao Senhor Jesus, testemunho de pobreza, de desapego e de liberdade frente aos poderes deste mundo; numa palavra, testemunho de santidade.”

Para Dom Pedro Brito, Presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, o testemunho é uma exigência sagrada para os ministros ordenados e deve ser vivido como prioridade por todos na Igreja."O ministério ordenado tem muitas funções sagradas, uma delas é o seu testemunho de vida.”

Dar testemunho, no âmbito religioso, significa viver concretamente a verdade em que se acredita e colocar em prática os ensinamentos de Cristo. Na opinião de Dom Pedro, para que haja um testemunho eficaz e verdadeiro, é preciso trabalhar a dimensão pastoral-missionária da Igreja. “Precisamos trabalhar na formação de pastores preocupados com as ovelhas, menos preocupados consigo mesmos, que se arrisquem na missão, que se interessem na inclusão do Evangelho, que não pensem muito em si, mas no trabalho a fazer e que coloquem, ainda mais, em Deus a sua confiança”, opinou o bispo.

Segundo Dom Pedro, as comodidades do mundo, a sua forma de viver, suas ideologias, a falta de fé e os fundamentos contrários aos planos de Deus são os principais obstáculos para que o cristão dê um testemunho autêntico de Cristo.

“O que o mundo tem de ruim são as intrigas, as brigas, a violência, a fofoca, o interesse, as rixas, as guerras, e nós não podemos reproduzir isso. O Evangelho é um distanciamento desta mentalidade do mundo. Ele é diferenciado dessas práticas que o mundo tem como prerrogativa de vida. Tudo isso é o que atrapalha a vivência do Evangelho.”

O Papa Paulo VI dizia: “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”. De acordo com Dom Pedro, são três os principais caminhos para quem deseja ser testemunha autêntica de Cristo na Terra:

“Primeiro, é preciso acreditar mais em Deus, na promessa do Evangelho. O Senhor tem uma promessa e ele jamais falha. Segundo, arriscar mais a nossa fé. A viúva de Sarepta arriscou (I Rs 17, 8-16); fez comida para Elias, sabendo que no dia seguinte iria acabar e ela morreria. Mesmo assim, arriscou a fé. Terceiro, sermos generosos”, pontuou o bispo.
Dom Pedro disse ser grato ao Santo Padre por perceber as necessidades da Igreja e convocar os católicos para intercederem junto a Deus pelos ministros ordenados, a fim de que todos dêem um testemunho corajoso de fidelidade ao Senhor crucificado e ressuscitado.

Canção Nova

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