Bento XVI apelou hoje no Vaticano ao cessar-fogo em Gaza, após vários dias de confronto que já provocaram a morte de cerca de 130 palestinos e cinco israelitas.
“Sigo com grande preocupação o agravamento da violência entre israelitas e palestinos na Faixa de Gaza”, disse o Papa, durante a audiência pública semanal que decorreu na sala Paulo VI.
Bento XVI deixou o seu apoio às “iniciativas e esforços de quantos estão a procurar obter um trégua e promover uma negociação”, pedindo “decisões corajosas em favor da paz”.
“Exorto também as autoridades das duas partes a pôr fim a um conflito com repercussões negativas em toda a região do Médio Oriente, atormentada por demasiados confrontos e necessitada de paz e de reconciliação”, acrescentou.
O Papa deixou a sua oração “pelas vítimas e por quem sofre”, antes de afirmar que “o ódio e a violência não são a solução dos problemas”.
A situação agravou-se há uma semana, quando Ahmed Jabari, comandante do braço armado do Hamas em Gaza, foi morto durante um ataque aéreo levado a cabo pelas forças militares israelitas. O Hamas respondeu com o lançamento de ‘rockets’ contra alvos espalhados por Telavive e outras cidades de Israel.
As autoridades israelitas decretaram estado de alerta máximo e não descartam a possibilidade de um ataque militar semelhante à invasão da Faixa de Gaza, em dezembro de 2008.
O antigo patriarca latino de Jerusalém afirmou que a situação vivida na região justifica os apelos de quem pede à ONU que reconheça a Palestina como observador permanente.
“Por detrás dos mísseis lançados de Gaza e das represálias desencadeadas de tempos a tempos por Israel, emerge sempre o problema de fundo: a questão israelo-palestina. É o problema que é preciso enfrentar e resolver se quisermos que Gaza tenha paz e Israel viva em segurança”", disse à Agência Fides, do Vaticano, D. Michel Sabbah.
OC/JCP
Agência Ecclesia
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