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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Conselho Missionário de Seminaristas do RS convoca Igreja a estar atenta aos sinais dos tempos

Assessoria de Imprensa POM
O Conselho Missionário de Seminaristas da Província Eclesiástica de Passo Fundo (RS) divulgou uma carta-síntese da Formação Missionária para Seminaristas que aconteceu nos dias 23 a 26 de outubro, em Passo Fundo, com assessoria do diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) padre Camilo Pauletti e do secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Jaime Patias.
No texto, o Comise do Rio Grande do Sul convoca a Igreja a "estar atenta aos sinais dos tempos, em especial neste período, fortemente marcado por grandes mudanças, que atingem, ao mesmo tempo, todos os segmentos e o mundo todo, configurando uma ‘mudança de época' DA 44, e dispor-se no exercício de adaptação eclesial e pastoral".
Destaca-se também na síntese a exortação a sair das "estruturas caducas que já não favorecem a transmissão da fé DA 365, ressignificando-as em espaços de acolhimento, fraternidade e missão; exercitar-se numa nova maneira de pensar, refletir e ver as coisas, num processo de permanente renovação e conversão pastoral".


Carta-Síntese da Formação Missionária para Seminaristas
Nós, 54 participantes, seminaristas, diáconos e padres, representantes de 14 Dioceses do Regional Sul 3 da CNBB (Rio Grande do Sul), e de duas Congregações Religiosas (MSF e Palotinos), reunidos, de 23 a 26 de outubro, em Passo Fundo/RS, na Primeira Formação Missionária para Seminaristas - Formise - em território gaúcho, refletimos o tema da missão sob diferentes enfoques: a) A Missão no Documento de Aparecida; b) Formação e perfil do presbítero no Documento de Aparecida; c) Importância dos organismos missionários: Comire, Comidi, Comipa e Comise; d) Partilhas da Missão, com destaque para o Projeto Missionário do Regional Sul 3 na diocese de Nampula - Moçambique. Aqueceu nossos corações o testemunho dos padres Maurício da Silva Jardin e Fabiano Dalcim, dois missionários do Regional que atuaram por alguns anos no Projeto em Moçambique. Os seminaristas Anderson Francisco Faenello e Isalino Rodrigues também partilharam suas experiências na Missão de férias em Santarém/PA.
Destacamos, ainda, a participação de Dom Jaime Pedro Kohl, bispo de Osório/RS e Referencial da Animação Missionária do Regional Sul 3, e a presença de Dom Antônio Carlos Altieri, arcebispo de Passo Fundo. O encontro foi assessorado pelos padres Jaime Carlos Patias, Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária e Camilo Pauletti, Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias.

À luz destas partilhas e temáticas supramencionadas, destacou-se:

• A Igreja, nascida "na missão do Filho e do Espírito, segundo o desígnio do Pai" (AG 2), é, por sua natureza, missionária, enviada para dar testemunho de Jesus, que tem como centro de sua vida e missão o Reino de Deus (cf. Jo 6,38);
• Como Igreja, no Brasil, vive-se um tempo intenso e precioso para o reavivamento da dimensão missionária: o apelo de Aparecida é para que sejamos uma Igreja "em estado permanente de missão" (DAp 551), enviada para comunicar e partilhar o "dom do encontro com Cristo" (DAp 548).
• Por outro lado, vê-se a dificuldade em manter projetos missionários, como o do Regional Igreja Solidária RS/Moçambique, por falta de agentes, principalmente padres, disponíveis em doar-se à missão ad gentes.
Diante disso, entende-se como urgente e necessário o despertar da consciência discipular, profética e missionária, numa preocupação que se estende para além de nossas Paróquias e Dioceses; capaz de perceber as exigências da evangelização ad intra e ad extra, cultivando "os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus" (Fl 2,5). Nisso, apontou-se:
• Estar atento aos sinais dos tempos, em especial neste período, fortemente marcado por grandes mudanças, que atingem, ao mesmo tempo, todos os segmentos e o mundo todo, configurando uma "mudança de época" (DAp 44), e dispor-se no exercício de adaptação eclesial e pastoral, afim de melhor respondê-los;
• Sair das "estruturas caducas que já não favorecem a transmissão da fé" (DAp 365), ressignificando-as em espaços de acolhimento, fraternidade e missão;
• Exercitar-se numa nova maneira de pensar, refletir e ver as coisas, num processo de permanente renovação e conversão pastoral (cf. DAp 366);
• "Viver e promover uma espiritualidade de comunhão e participação" (DAp 368), caminho para a prática assídua da fraternidade;
• Transformar o nosso agir, substituindo uma pastoral de mera conservação por "uma pastoral decididamente missionária" (DAp 370), engajada e comprometida evangelicamente;
• Superar o intimismo, o "egoísmo" pastoral que nos fecha em nós mesmos, formando-nos "como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir à outra margem" (DAp 375);
• Seguir a dinâmica do Pescador (que lança as redes sem a certeza do resultado: Mc 1,16-20), do Pastor (que cuida das ovelhas já congregadas: Jo 10,1-16) e do Semeador (que lança as sementes em terrenos diversos: Lc 8,4-15; Mc 4,2-20), dispostos a evangelizar e servir todas as gentes e em todos os contextos, buscando, sempre, realizar, no mundo, a obra de Deus: que todos acreditem naquele que Ele enviou, e, crendo, tenham a vida eterna (cf. Jo 6,28-29.40);
• Preocupar-se com a grande multidão de homens e mulheres que nunca ouviram falar de Jesus Cristo, e dispor-se a anunciá-Lo e torná-Lo conhecido e amado também por estes, pois é dEle o mandato: "Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos" (Mt 28,19);
• Dispor-se, cada um dos presentes, a, em seus anos como presbítero, servir em Projetos Missionários da Igreja, seja na África, pelo projeto Igreja Solidária RS/Moçambique, ou de suas Igrejas Particulares, ou, ainda, em outros que, eventualmente, possam surgir;
• Desenvolver processos formativos amplos e permanentes que auxiliem na valorização e maior conscientização quanto à necessidade da ação missionária;
• Fortalecer os Conselhos Missionários (Comire, Comidi, Comipa, Comise), bem como os grupos de Jovens, Infância e Adolescência Missionária (JM e IAM);
• Criar e articular o Conselho Missionário dos Seminários (Comise) nas diferentes províncias eclesiásticas do Regional com a finalidade de formar-se para a Missão.
• Ter na Palavra de Deus a fonte e a sustentação da ação missionária: é na Palavra de Deus que o missionário encontra o despertar de sua prática;
Dessa forma, propomos e desejamos que nossas Dioceses/Arquidioceses, Paróquias, Comunidades, Seminários e Casas Religiosas se apropriem da proposta missionária, aprofundem a reflexão em seus contextos, ressignifiquem conceitos e práticas e ensaiem formas criativas, e mesmo alternativas, de tornar a Igreja realmente missionária, cujos ministros e agentes possam, continuamente, perseguir a dinâmica kenótica do esvaziamento de si e transbordamento de Deus.
Passo Fundo, 26 de outubro de 2012.
Fonte: www.pom.org.br

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