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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Movimentos católicos de operários alertam para "enorme" retrocesso social


A Liga e a Juventude operárias católicas criticaram hoje, em nota oficial conjunta, o que denominam como “enorme retrocesso social” promovido Governo na proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2013.
“Constatamos que existe neste OE um enorme retrocesso social que afeta de maneira especial as pessoas mais desprotegidas, com menor capacidade de defesa, levando a um aumento da pobreza, da precariedade, da violência e de outros problemas sociais”, refere o documento, enviado à Agência ECCLESIA.
A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) e a Juventude Operária Católica (JOC) falam em “injustiças” no OE 2013, apresentado como exemplo “a diminuição dos escalões do IRS, que põem no mesmo patamar rendimentos muito díspares”.
Os signatários dizem mesmo estar em marcha uma tentativa de “desacreditar a Democracia, o Estado e a Europa sociais, promovendo a desconfiança e o individualismo e incentivando a especulação financeira, que é sempre favorável a uma elite que detém um certo poder”.
A posição conjunta critica ainda a diminuição de várias prestações sociais e diz ser “evidente a clara desvalorização do trabalho humano e do desprezo pelos direitos laborais”.
“Estas opções atacam violentamente os rendimentos do trabalho e os cidadãos mais pobres; mostram incapacidade para combater a corrupção, a fraude fiscal e a promiscuidade entre interesses privados e serviços públicos; revelam irresponsabilidade no financiamento tendencioso da banca e na impunidade da economia especulativa”, pode ler-se.
A LOC/MTC e a JOC entendem, por outro lado, que o Governo se mostra incapaz de reduzir despesas “vistas como imorais pela maioria dos cidadãos” e condenam os cortes previstos para ministérios “considerados basilares da coesão social”.
“Consideramos que pagar impostos é um dever de todos, mas é imperioso que aqueles sejam cobrados com justiça e utilizados de forma honesta, justa e transparente”, referem os movimentos católicos.
Num olhar sobre o futuro, a JOC e a LOC/MTC apelam a uma democracia mais participativa e ao investimento na economia social, solidária e cooperativa, entre outras propostas, que passam pela criação de um regime de exclusividade para “todos aqueles que são eleitos pelo povo”.
“A todos nós, jovens, adultos, idosos e crianças cabe-nos, pois, estar atentos à realidade, repensar os valores com os quais queremos construir a sociedade e agir coerentemente”, conclui a nota assinada pelas equipas executivas da JOC e da LOC/MTC.
OC
Agência Ecclesia

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