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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Novas Tecnologias e Vida Consagrada: saiba mais sobre o assunto


André Luiz
Da Redação


CRB
As novas relações que não mudarão os princípios, mas vão mudar as formas de dialogar e até os métodos de formação, diz Irmã Joana Puntel
Em meio à pluralidade das novas tecnologias e ao estilo de vida virtual do homem contemporâneo, a Igreja Católica busca encontrar um espaço adequado com o qual possa usufruir destas novidades tecnológicas para semear o Reino de Deus.
Pensando nisso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) promovem entre os dias 1º e 4 de novembro de 2012, um Seminário de Comunicação que visa discutir o tema: “Novas Tecnologias, Novas Relações na Vida Consagrada: desafios culturais e perspectivas”.

A palestra de abertura do evento será feita pela Irmã Joana Terezinha Puntel, da Congregação das Irmãs Paulinas. A religiosa, que  também é professora universitária, explicou que a palestra busca localizar e situar a vida consagrada que está na Igreja, que está nessa sociedade, na qual precisa desenvolver a sua evangelização. A palestra servirá também como tentativa de compreensão da forma como estas novas tecnologias geram novas relações e, portanto, afetam a vida consagrada.

“São novas relações que não mudarão os princípios, mas vão mudar as formas de dialogar e até os métodos de formação. Afinal, existe uma nova maneira de aprender, de ensinar, de compreender as coisas e, isto diz respeito à vida consagrada, à vida de religiosos e religiosas que estão a todo momento em contato com essa sociedade”, destaca Irmã Joana.


Para a Irmã, não basta utilizar os novos instrumentos, mas é necessário um mergulho na cultura midiática. “A nós cabe voltar a atenção para o que está acontecendo com o ser humano ao fazer uso e ao estar nessas redes sociais. Afinal, Jesus veio para salvar as pessoas, não aos maquinários. Portanto, é necessário saber o que está acontecendo com a juventude e as demais pessoas que estão se relacionando de forma diferente do que poderíamos imaginar quatro ou cinco anos atrás. Por isso é fundamental mergulhar na cultura, no seu sentido antropológico”. 

Desafios

Conhecer a cultura, segundo Irmã Joana, é um dos principais desafios para a Igreja, que tem buscado fazer-se presente no uso das novas tecnologias. É preciso que a Igreja entre neste meio também colaborando, principalmente com a juventude, para que ela compreenda o que vem a ser essa cultura virtual.

Outro desafio citado pela Irmã é o risco de cair na superficialidade. Logo, seria necessário um aprofundamento cultural e antropológico da sociedade, buscando uma inovação dos métodos pastorais.

“A comunicação passa por uma mudança na sua própria natureza. Ou seja, aquela forma unilinear de se comunicar e de se passar um conteúdo sofreu mudanças. Isso implica na adequação à interatividade, à interconexão e etc. Estes são aspectos e posturas com os quais nós, Igreja, não estamos habituados. Portanto, é necessária a adequação”.

Igreja e novas tecnologias
Irmã Joana também lembra o que disse o Papa Bento XVI em relação à autenticidade nas novas tecnologias. “É necessária uma formação para a liberdade responsável e para a formação humana, que fale da maneira cristã de se estar nas redes. A presença do cristão nas novas tecnologias precisa ser um reflexo daquilo que ele, de fato, é no seu interior”, lembrou a religiosa.

O incentivo à inserção da Igreja nos novos meios de comunicação parte de Bento XVI, especialmente em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, quando diz: “Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus”.

O Seminário de Comunicação pretende reunir na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), em São Paulo (SP), cerca de 200 pessoas, entre elas: consagrados e consagradas jovens, formadores, estudantes de Teologia e Filosofia, Superiores Maiores e Coordenadores de Comunidade.

Para mais informações sobre o evento, acesse o site: www.crbnacional.org.br

Canção Nova

Fé sem fronteiras


    Jesus atravessou territórios por amor ao homem

Imagem de DestaqueFoi atravessando os desertos do preconceito que Jesus adentrou no território mais sagrado do ser humano: o coração. Em regiões pagãs onde cada tarde anunciava o fim das esperanças, Ele devolvia a cada pessoa o direito de ver o dia renascer com cores de ressurreição. Onde os limites das fronteiras da impureza serviam como obstáculos para a vivência do amor incondicional, Jesus Cristo ajudou cada um dos que Dele se aproximavam a descobrir que a Fé que carregavam na alma era sem fronteiras. 

Foi em um dia onde o sol escondia o brilho de uma linda manhã que se aproximou de Jesus uma mulher, cuja filha era atormentada por um demônio. Aquela mulher carregava na vida uma noite que não permitia a sua filha contemplar a estação de um novo tempo onde as flores pudessem devolver à vida a beleza de outros tempos. Nos limites da vida ela reconhecia em Jesus aquele que poderia ajudar a sua filha a vislumbrar uma manhã de possibilidades. 

Diante de Jesus aquela mulher reconhece sua condição de pagã. O fim das esperanças anunciada por muitas tardes começava a se transformar em sinais de um novo tempo que iria chegar. Jesus olhou além das aparências que aquela mulher trazia impressa nas páginas da história de sua vida já cansada de sofrimentos e dores. O olhar de Cristo adentrou o território pagão daquela vida e reconheceu no grito de uma mãe que clamava pela cura de sua filha, uma Fé que ultrapassava os limites das palavras. O clamor das lágrimas de outrora acendeu a chama da Fé adormecida no coração daquela mulher e transformou o inverno de angustias em uma linda manhã de primavera. 

Assista também: Por que caminhar com Jesus?, com o saudoso padre Léo 

Diante da dor estacionada no coração de cada ser humano os limites da Fé poderiam ultrapassar as fronteiras que impediam a vivência de uma nova vida de plenitude e paz. E foi assim que dois cegos se aproximaram de Jesus. Enquanto Jesus passava, os olhos da alma daqueles cegos se abriram para a possibilidade de terem a dignidade de suas vidas resgatadas. Diante dos olhares daquela sociedade eles haviam sido condenados por Deus, por terem cometido algum pecado muito grave. Excluídos da sociedade conviviam com o peso de carregarem nos ombros uma impureza imposta por outros. 

Jesus ao curar aqueles cegos desmascara um sistema religioso opressor que impedia os doentes de se sentirem amados por Deus. Os olhos da vida são abertos para que aqueles dois cegos possam testemunhar a misericórdia de um Deus que se compadece com a dor de seus filhos. As alegrias de um novo tempo deixaram para trás as noites da condenação. Eles agora podiam caminhar na luz de um novo tempo nascido da Fé que carregavam no coração. Só pode se despedir do medo quem com a Fé aprendeu a caminhar na confiança da misericórdia de Deus. 

As fronteiras da Fé se tornam sem limites a partir do momento em que as cercas da desconfiança são derrubadas e os campos da esperança são unidos pelo amor que depositamos em Deus. O que nos une em Cristo é a Fé que carregamos em nosso coração. Se nas incertezas da vida o medo quiser fazer morada em nossa alma será preciso construir um caminho que uma a nossa esperança ao amor que Cristo tem por cada um de nós. As tardes da vida somente são poéticas e belas quando a Fé é a certeza plena de um novo amanhecer. 
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Padre Flávio Sobreiro
Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
www.facebook.com/peflaviosobreiroe http://www.flaviosobreiro.com
Canção Nova

O salto da fé


     Não deixe escapar a oportunidade de acreditar

Imagem de DestaqueEram os primeiros anos de sacerdócio, em minha primeira Paróquia, numa das mais gratificantes experiências do exercício do ministério, a atenção aos doentes, regularmente visitados, para o Sacramento da Penitência, a Unção dos enfermos e a Sagrada Comunhão, quando recebi uma das lições mais expressivas. Penso nos meus sacerdotes hoje, muitos deles dedicados semanalmente a tais visitas, testemunhas de milagres, quando Deus lhes concede muito mais do que levam aos verdadeiros santuários, que são os leitos dos que se fazem para-raios que, com sua oferta e oração contínua, sustentam silenciosamente a Igreja e os irmãos.

Pois bem, minha mestra espiritual, naquela ocasião, foi uma cega de nascença, no alto de seus oitenta e nove anos. Lembro-me de seu rosto curtido, com as marcas da ascendência escrava, da qual nunca se envergonhou. Recebidos os Sacramentos, diante das pessoas que comigo se encontravam, enquanto “saía um cafezinho novo”, pontificou diante do padre novo: “Agradeço a Deus por ser cega! O senhor não acha que a maior parte dos pecados começa com a vista? Ora, se não enxergo, posso pecar menos!” Fazia poucos anos em que tinha me debruçado sobre a afirmação do Senhor Jesus: “Se teu olho te leva à queda, arranca-o e joga fora. É melhor entrares na vida tendo um olho só do que, com os dois, seres lançado ao fogo do inferno” (Mt 18,9).

Precisei de uma pessoa que nunca tinha lido uma letra para entender melhor a importância de viver sem pecado, coragem para resistir às tentações e perseverar no bem. É que aquela senhora enxergava mais do que todos, pois via com o coração. Seu horizonte era muito mais amplo e suas muitas lições permaneceram em seus familiares e frutificaram na Comunidade em que vivia.

“Cheios de grande admiração, diziam: “Tudo ele tem feito bem. Faz os surdos ouvirem e os mudos falarem” (Mc 7,37). O contato de Jesus com as pessoas as deixa sempre marcadas positivamente. Ninguém passa em vão ao seu lado. Em Jericó (Mc 10,46-52), depois de uma escola de vida, durante uma viagem, na qual formava seus amigos escolhidos para a missão de levar a Boa Nova a todos, indica-lhes o modelo do discípulo justamente em Bartimeu, cego, mendigo sentado à beira do caminho e morador de uma cidade de má fama! Mais do que os alunos aplicados da escola do caminho, o rejeitado por todos, sobre o qual muitos teriam perguntado sobre eventuais culpas (Cf. Jo 9,2), é apresentado pelo Evangelho como modelo de discípulo.

Bartimeu é daquelas pessoas que não deixam escapar uma boa oportunidade (Cf. Raniero Cantalamessa, Gettate le reti, Anno B, PIEMME, 2004, Pág. 314). Ouviu dizer que Jesus, o nazareno, estava passando e agiu com prontidão, gritando no meio do povo, mesmo quando a “turma do deixa disso” quis calar sua boca. Era um mendigo da luz, queria enxergar! Como tantos homens e mulheres, jovens ou adultos de nosso tempo que pedem a esmola da luz verdadeira, querem conhecer a verdade, quem sabe às apalpadelas. Faz pensar nas muitas situações em que nosso tempo quer calar a voz da fé, para que se torne apenas um fato privado, com a pretensão de que desapareçam todos os sinais externos das convicções religiosas que sempre geraram cultura e valores.

Bartimeu gritou em voz bem alta a sua fé, para dizer a todos que Jesus é o Messias prometido. Há gritos entalados, e vi muitos deles nas multidões do Círio de Nazaré de 2012, que querem chorar e espernear pelos valores do Evangelho e da dignidade das pessoas humanas. Há gente que quer dar o salto da fé, para sair do meio da multidão! Jesus pretende, através dos cristãos de hoje, aproximar-se de cada uma delas, para perguntar “o que queres que eu te faça?”. Para tanto, faz-se necessário dar um “trato” de atenção e carinho a todos os que estão afastados ou assim se sentem. Lá na margem dos lagos da vida, ou quem sabe, lá na correnteza violenta dos rios da existência, ou, quem sabe, na escuridão das vielas em que se escondem, há pessoas pedindo a esmola da verdade.

Ressoe de novo a palavra do Senhor: “Aclamai a Jacó alegremente, cantai hinos à primeira das nações! Soltai a voz! Cantai! Dizei: Senhor, salva teu povo, o que restava de Israel! Pois vou trazê-los de volta do país do norte, dos extremos da terra hei de reuni-los. Entre eles, cego e aleijado, mulher grávida e parturiente. Em grande multidão voltam para cá. Chegam chorando, suplicantes eu os traslado. Faço-os caminhar entre torrentes de água, por caminhos planos, onde não tropeçam; eu sou pai para Israel, Efraim é meu filho querido” (Jr 31,7-9). Norte, traslado, reunião de multidões, cego e aleijado, mulher grávida e parturiente, torrentes de água, caminhos onde as pessoas não tropeçam... Qualquer semelhança com o que vivemos no Círio, não é coincidência! É Providência!

Cabe-nos encontrar as formas adequadas para dizer “Coragem, levanta-te, Jesus te chama” (Mc 10,49). A cura das pessoas e das multidões virá pelo encontro com o Senhor que é Deus e homem. A Igreja, servidora e colaboradora da verdade, renove suas disposições para anunciar integralmente o Evangelho, no ano da Fé. Este será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.

Fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar para que o Senhor conceda a cada um de nós vivermos a beleza e a alegria de sermos cristãos (Cf. Bento XVI, Carta Enc. Deus caritas est, 25 de dezembro de 2005, n. 1 e Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de janeiro 2010).
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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

Canção Nova

O drama da fidelidade


     O Senhor nos convida a estarmos junto a Virgem

Imagem de Destaque“Tomé respondeu: ‘Meu Senhor e meu Deus!’ Jesus lhe disse: ‘Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!’” (Jo 20, 28-29). 

Nós, que hoje cremos em Jesus Cristo, somos os bem-aventurados, que creram sem ter visto. Somos bem-aventurados, pois recebemos de Deus a revelação do Filho de Deus e o dom da fé, para que, pelo seu Espírito possamos crer na Sua presença viva, que é fundamento da Igreja. Nele toda a Igreja se sustenta, Jesus é o alicerce desta construção, da qual somos pedras vivas. Esta Igreja é conduzida pelo Espírito para levar o Evangelho a toda a criatura, para os confins da Terra.

Como permanecermos fiel a Igreja de Jesus Cristo?

Tomé, que precisou ver o Senhor e tocar suas chagas, é a imagem do discípulo que não persevera na oração com a Virgem Maria. Ele não crê porque, apesar de ter recebido a Boa Nova do próprio Jesus e o dom da fé, não perseverou como outros discípulos. Mas, antes do Pentecostes, Tomé, que teve dificuldades para crer, uniu-se a João e aos outros discípulos, que estavam com a Virgem Maria, unidos em oração. Esta perseverança na oração com Nossa Senhora, juntamente com as demais pedras vivas da Igreja, é o segredo da perseverança na fé e no seguimento de Jesus Cristo (cf. At 1, 13-14).

Assista também: "Amor livre, total, fiel e fecundo", com padre Paulo Ricardo 

João é a imagem do discípulo fiel de Jesus, que permaneceu com Ele, ao lado da Virgem Maria, até mesmo nos momentos mais críticos da sua entrega na cruz. Aliás, João foi o único que não abandonou Jesus no momento crucial da sua na sua vida na carne aqui na Terra. Como João, somos chamados a permanecer junto à cruz de Jesus, com a Virgem Maria, perseverantes na oração. Pois, este é o modelo do discípulo fiel, que crê em Jesus Cristo, ainda que a cruz e a morte se mostrem sinais de fracasso, de desilusão.

Nós, cristãos, ainda que o sofrimento e as angústias sejam uma tentação para não acreditarmos na Palavra de Deus, devemos crer que a cruz não é a resposta definitiva. Cristo ressuscitado é o fundamento da nossa fé, ainda que Ele continue a manifestar-se entre nós através do mistério da cruz, do sofrimento. Confiantes que depois da cruz vem a ressurreição, nos unamos também a Mãe de Jesus em oração, para pedir um reavivamento do Espírito e, por Ele fortalecidos, sermos fiéis à missão que o Senhor nos confiou: “Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho” (Mc 16, 15).

Permaneçamos com Jesus Cristo, junto com o discípulo amado e a Virgem Maria, unidos em oração, perseverantes nos sofrimentos, pois a cruz é prenúncio da ressurreição. Por isso, perseveremos na fé e na esperança da vida em plenitude que o Senhor quer para nós. Cristo se faz presente em nós pelo Espírito, que age em nós e produz frutos de vida eterna. Somente conduzidos pelo Espírito é que poderemos realizar a maior obra de caridade possível, que é levar a Palavra de Deus, com eficácia, a todos a quem o Senhor nos enviar.
Natalino Ueda - Comunidade Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/tododemaria
Canção Nova

Dia Mundial da Alimentação - Os alimentos contra o Câncer


Você sabia que, na maioria das vezes, o câncer pode ser evitado? É com essa frase que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer iniciam um importante documento chamado Recomendações Gerais do Relatório sobre Alimentação e Câncer.

É por isso que, sempre que realizo uma palestra, faço questão de mostrar uma imagem onde explico que mesmo que você tenha uma susceptibilidade genética para o câncer ela conta, numa escala de 1 a 100, apenas 20%. O restante, isto é, 80%, É VOCÊ QUE DETERMINA POR MEIO DAS SUAS ESCOLHAS.

Traduzindo para nossa linguagem cristã: nosso livre-arbítrio. Por isso escolhi o título “Escolhas e Impactos” para o livro de receitas que escrevi em parceria com o Chef Renato Caleffi. Em cada momento da sua alimentação, você tem a oportunidade de colocar saúde no seu organismo.
Nicolas Raymond/Hidden/sxc.hu


Eu costumo explicar para meus pacientes que cada célula é como se ela tivesse um “armário” e, cada vez que comemos algo que nos faz bem, é como se colocássemos dentro desse armário: um chapéu, um guarda-chuva, um filtro solar, etc. No dia que nosso corpo precisar, ele terá o que usar para se defender do mau tempo que pode ser, por exemplo, excesso de poluição, como aquela fumaça preta que saiu daquele caminhão enquanto você esperava seu ônibus. Do seu lado, haverá uma pessoa que irá respirar esse mesmo ar poluído, mas como cada organismo irá se “defender” desses agentes agressores dependerá do estoque de nutrientes que seu “armário” tiver.

Hoje sabemos, através de uma nova ciência chamada de Nutrigenômica, o que acontece com os nutrientes dentro das nossas células e, mais especificamente, dentro do nosso DNA (a molécula da vida!). Veja agora quais os alimentos que são verdadeiros inimigos para essa doença tão temida por todos.

As células cancerígenas DETESTAM couve! Alho e cebola também são dois grandes aliados nessa briga. A soja, desde que orgânica, fermentada ou coagulada, como o tofu, é muito bem-vinda. Existe um tempero que chamo de anticâncer que é a cúrcuma. O chá verde é nosso grande aliado desde que você não tenha hipertensão nem problemas com sua tireóide.

Em relação às frutas, escolha sempre aquelas mais escuras que vão do vermelho ao roxo como o mirtilo (aqui o pessoal do sul leva vantagem). E, das gorduras, temos o ômega-3 presente nos peixes. Não se esqueça da nossa querida sardinha que é fácil de comprar, fácil de preparar e não custa caro.


Dra. Gisela Savioli
Nutricionista clínica e escritora
blog.cancaonova.com/maissaude
twitter.com/giselasavioli
www.giselasavioli.com.br


+ DICAS

Foto: Arie shoji/sxc.hu
GELINHO DE COUVE

Higienize as folhas de couve e coloque no liquidificador com um pouco de água e bata muito bem. Coloque nas formas para fazer cubinhos de gelo e, depois de congeladas, guarde numa vasilha de vidro no congelador. Acrescente no seu suco um gelinho de couve todos os dias.


Tem início o último Conselho Permanente de 2012


CPoutubronovembro2012Entre os dias 29 e 31 de outubro, acontece na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, a última reunião ordinária de 2013, dos membros do Conselho Permanente. O grupo é composto pela Presidência da CNBB, pelos 12 bispos que estão nas presidências das Comissões Episcopais de Pastoral, e pelos presidentes de cada um dos 17 Regionais da CNBB. Na pauta da reunião, diversos temas como a Assembleia Geral dos Bispos da CNBB de 2013, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre outros.
“O Conselho Permanente da CNBB é a instância, imediatamente, posterior à Assembleia dos Bispos do Brasil, então é um órgão de decisão muito importante da Igreja no Brasil”, explica subsecretário Adjunto de Pastoral, padre Francisco de Assis Wloch. O conselho se reúne três vezes durante o ano para, dentre outros assuntos, fazer um balanço e partilha sobre experiências da caminhada da Igreja no Brasil.
De acordo com o Estatuto da CNBB, o Conselho Permanente tem por objetivo, orientar, apoiar e acompanhar as atividades da Conferência e dos seus organismos vinculados, cuidando para que se executem devidamente as decisões da Assembleia Geral e do próprio Conselho Permanente. Nas reuniões do conselho, costumeiramente, é realizada uma análise de conjuntura, por meio do acompanhamento das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE), e também por um informe econômico sobre a situação financeira da CNBB.
cp20121“Os presidentes dos 17 regionais da CNBB trarão a sua contribuição, fazendo uma partilha da caminhada dos Regionais da CNBB, juntamente com os membros do Conselho Episcopal de Pastoral, eleitos em assembleia, e com a presidência da CNBB”, disse o subsecretário.
Padre Francisco Wloch fala sobre os assuntos específicos que serão tratados nesta última reunião do ano. “O tema principal deste Conselho Permanente, é pensar a Assembleia dos Bispos de 2013. Também vamos receber notícias sobre o Sínodo da Fé, sobre o trabalho que a Igreja no Brasil realiza no Haiti e na Guiné Bissau”, esclarece. O subsecretário também revela que também entrarão na pauta temas como a 5ª Semana Social Brasileira (SSB), Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Código Penal, e o Colégio Pio Brasileiro.
Outro dos assuntos, de grande relevância, a ser tratado será o projeto chamado ‘Comunhão e Partilha’, decidido na última Assembleia dos Bispos. No projeto todas as dioceses do Brasil doarão 1% de sua arrecadação para montar um fundo de solidariedade às dioceses carentes do país.
CNBB

Conselho Permanente debate pauta da 51ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB


Conselho_Permanente_outubronovembro2012Teve início na manhã desta terça-feira, 30 de outubro, a 79ª Reunião Ordinária do Conselho Permanente (CP) da CNBB. O encontro segue até o dia 1º de novembro, com uma extensa pauta de trabalho para os seus participantes: Presidência da entidade, Presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e Especiais e Presidentes dos 17 Regionais.
O principal ponto de discussão será a pauta da 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que será realizada em abril de 2013, em Aparecida (SP). Já a primeira sessão desta manhã tratou da análise de conjuntura do Brasil e do mundo, apresentada pelo professor Pedro Gontijo, secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB.
Os dados do Censo 2010, que revelou os números do quadro das religiões no Brasil, foram rapidamente abordados. O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, recordou que será enviada uma mensagem, pelo Conselho Episcopal Pastoral, com a reflexão a respeito destes dados, com a assessoria do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento (Ibrades).
Também foi apresentado um repasse da situação do Colégio Pio Brasileiro, de Roma. A CNBB prepara-se para assumir a direção da instituição. O vice-presidente da Conferência, dom José Belisário, apresentou aos bispos como foi a visita realizada pela Presidência ao Colégio, bem como à Congregação para a Educação Católica. O diálogo quanto à transição administrativa ocorre num clima de tranquilidade, e deverá ser aprofundada na próxima Assembleia Geral.
A função do Conselho Permanente é orientar e acompanhar a atuação da CNBB e dos Organismos a ela vinculados, além de ser uma instância eletiva e deliberativa. A pauta dos encontros inclui iniciativas que tratem da execução das decisões da Assembleia Geral e do próprio Conselho Permanente.
CNBB

SÍNODO DOS BISPOS: COMO TERMINOU?


Dom Sergio da Rocha*


É difícil resumir a riqueza da experiência vivida e das reflexões propostas na XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. O tema deste Sínodo, de feliz escolha do Papa Bento XVI, pela sua amplitude e complexidade, já dificulta qualquer tentativa de síntese. Por isso, neste terceiro relato, após o término da Assembleia Sinodal, procuro apenas partilhar alguns aspectos da experiência vivida e dos temas abordados, sem a pretensão de um resumo.

1 - O início e a conclusão do Sínodo com a Eucaristia presidida pelo Papa e concelebrada pelos Padres Sinodais constituem a moldura principal na qual quer se inserir, não apenas a Assembleia Sinodal, mas toda a nova evangelização. A Eucaristia deverá ser sempre ponto de partida e de chegada para a ação evangelizadora. Em diversos momentos, ao se falar dos sujeitos da nova evangelização, foi enfatizada a ação do Espírito Santo e a necessidade da graça, assim como, a santidade dos evangelizadores, destacada por Bento XVI na abertura e na celebração das canonizações ocorrida, a propósito, durante o Sínodo.

2 - A presença assídua do Papa Bento XVI, presidindo a Assembleia Sinodal, foi bastante apreciada por todos, destacando-se a sua sabedoria, simplicidade e paciente atenção aos muitos pronunciamentos.

3 - O Sínodo constitui um precioso instrumento de comunhão eclesial e de colegialidade episcopal, através do diálogo e da convivência fraterna, da reflexão conjunta em plenário e em grupos, da partilha de experiências pastorais, das alegrias e dores da Igreja nos cinco continentes. As cinco línguas oficiais do Sínodo se completavam com muitas outras faladas pelos participantes, representando todas as conferências episcopais e, portanto, trazendo os diferentes contextos sociais e culturais vividos pela Igreja nos cinco continentes. Na "Mensagem", os Padres Sinodais se dirigiram a cada continente, valorizando a realidade de cada um.

4 - A comunhão eclesial e a corresponsabilidade pastoral se expressaram também através da participação de presbíteros, diáconos, religiosos (as), leigos e leigas, muitos dos quais puderam falar à Assembleia e outros, colaboraram como peritos. A nova evangelização necessita de todos para acontecer. Por isso, nas proposições aprovadas, destaca-se o papel indispensável das diversas vocações e ministérios na Igreja e a necessidade de formação dos evangelizadores.

5- O tema da nova evangelização não excluiu as dimensões do diálogo ecumênico e inter-religioso; ao contrário, exigiu a sua consideração atenta e reafirmou a sua necessidade. A abertura ecumênica foi simbolizada, de modo especial, pela presença contínua dos "delegados fraternos", isto é, dos representantes de outras Igrejas cristãs, que tiveram ocasião de dirigir a palavra durante a Assembleia Sinodal e de participar das celebrações, conforme as disposições da Igreja.

6 - A contribuição dos Padres Sinodais da América Latina foi relevante. O Documento de Aparecida foi uma das principais fontes da reflexão oferecida pelos bispos latino-americanos e caribenhos. Temas centrais de Aparecida encontraram acolhida ou confirmação nas proposições e na mensagem do Sínodo: o encontro com Jesus Cristo, a conversão pastoral, a Igreja em estado permanente de missão, a formação, a piedade popular, os pobres, a juventude, o laicato... A convivência fraterna entre os bispos da América Latina e Caribe foi intensificada pelas celebrações festivas nos Colégios Pio Latino e Mexicano.

7 - O Jubileu de abertura do Concílio Vaticano II, os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e o Ano da Fé favoreceram o desenvolvimento do tema geral. A "Mensagem" explicita tal contexto e há proposições dedicadas especialmente ao Concílio e ao Catecismo. Documentos do Vaticano II iluminaram a reflexão de muitos Padres Sinodais, em plenário e nos grupos. Documentos do Magistério pós-conciliar também serviram de fonte, especialmente, pelo seu teor, a Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI, a Catechesi Tradendae, de João Paulo II e a recente Verbum Domini.

8 - A Palavra de Deus recebeu grande atenção ao longo do Sínodo. A acolhida recebida pela Verbum Domini, última exortação apostólica pós-sinodal, foi longamente considerada numa das sessões. No início de cada dia, durante a oração da Liturgia das Horas, a Palavra proclamada foi muito bem refletida com a ajuda de alguns Padres Sinodais, sendo no primeiro dia, o próprio Santo Padre quem desenvolveu uma bela reflexão. O texto da Samaritana serviu de inspiração para a Mensagem final. Embora, algumas proposições do Sínodo reflitam mais claramente a dimensão bíblica, a centralidade da Palavra de Deus na nova evangelização exige atenção sempre maior.

9 - Os temas abordados foram muitos, conforme se pode comprovar pelo grande número de proposições aprovadas e pela longa Mensagem conclusiva. Refletem a relevância, a amplitude e a complexidade do tema geral: "Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã". É difícil elencá-los, de modo justo. Dentre eles, podemos citar: a catequese, os sacramentos da iniciação cristã, o sacramento da penitência, a família, os jovens, a liturgia, a santidade, a piedade popular, a Igreja Particular, a paróquia, as comunidades, o clero, a vida consagrada, os leigos, os movimentos eclesiais, a opção pelos pobres, os migrantes, os enfermos, a política, a educação, o ecumenismo, a inculturação, os cenários urbanos, as ciências, o serviço da caridade, os meios de comunicação, os direitos humanos e a liberdade religiosa. Dentre os novos temas ou temas que receberam nova acentuação estão: o reconhecimento do "ministério" de catequista; a ordem dos sacramentos da iniciação cristã em perspectiva pastoral; a "via da beleza" como caminho de evangelização; o "átrio ou pátio dos gentios", retomando e especificando a questão dos "novos areópagos" como espaços de evangelização; a "conversão pastoral" segundo o espírito missionário de Aparecida; o papel dos teólogos na nova evangelização.

10 - Por fim, pode-se destacar aquilo que desde o início esteve no centro dos escritos e debates deste Sínodo: o que é a "nova evangelização"? Em que sentido, a evangelização proposta quer ser "nova"? No início da XIII Assembleia Sinodal, o Instrumentum Laboris, em preparação ao Sínodo, já abordava a questão fazendo uma proposta ampla de compreensão. Na bela e sábia homilia da missa de encerramento do Sínodo, à luz da passagem da cura do cego Bartimeu, o Papa retomou o assunto, mostrando o caminho a seguir. É vasta a tarefa proposta, pois a nova evangelização deve ser assumida por todos, em comunhão na Igreja, com novo ardor e "criatividade pastoral", tendo como âmbitos próprios a pastoral ordinariamente voltada para os católicos que participam da Igreja, a missão além-fronteiras (ad gentes) e as "pessoas batizadas que, porém não vivem as exigências do batismo".

Como terminou o Sínodo? Em clima de louvor a Deus, de gratidão e esperança, e ao mesmo tempo, de renovado empenho pela nova evangelização, conscientes de que temos um longo caminho a percorrer para cumprir o mandato missionário de Jesus Cristo: Ide, fazei discípulos! Há muito para se fazer pela nova evangelização! A busca de respostas pastorais necessita continuar na Igreja local. O Sínodo ilumina e anima a ação evangelizadora, mas não dispensa a nossa tarefa de estabelecer os passos a serem dados na realidade em que vivemos. As 58 "proposições" aprovadas pelo Sínodo começam a ser divulgadas. A "Mensagem" dos Padres Sinodais tem sido publicada nas várias línguas, trazendo alento e estímulo. Aguardamos a Exortação Apostólica Pós-Sinodal que o Papa irá nos oferecer, recolhendo as contribuições da XIII Assembleia do Sínodo dos Bispos. O presente relato não substitui a leitura da "Mensagem" e das "Proposições" do Sínodo, bem como, a homilia do Santo Padre; antes, quer servir de estímulo para tanto, esperando que estejam logo disponíveis também em língua portuguesa. Nossa Senhora, Estrela da Evangelização, nos acompanhe com a sua intercessão materna e exemplo!

*Arcebispo de Brasília

Fonte: ADITAL

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CNBB: “fruto de um grande amor”

É impossível pensar na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sem recordar a figura do Arcebispo de Mariana (MG), dom Luciano Mendes de Almeida. Na entidade, ele foi Secretário Geral por dois mandatos (1979-1986) e Presidente, também por dois mandatos (1987-1995).

Em outro momento, foi membro da Comissão Pontifícia Justiça e Paz (1996-2000) e da Comissão do Secretariado para o Sínodo (1994-1999). Foi também vice-presidente do CELAM (1995-1999). Eleito pela CNBB, foi delegado à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América, em 1997. Faleceu aos 27 de agosto de 2006.

Apresentamos uma parte do depoimento de dom Luciano no seminário sobre a presença pública da Igreja no Brasil, por ocasião dos 50 anos da CNBB, e publicado posteriormente pelo Instituto Nacional de Pastoral e por Edições Paulinas.

“Vejam, é interessante como certas vezes não é fácil falar. Isso vale inclusive sobre o que ouvi nesses dias. A minha abordagem sobre a CNBB é diferente. Ouvi, nesses dias, uma série de avaliações. Para mim, a CNBB é fruto de um grande amor. Eu dou e darei a minha vida pela CNBB. Como a mãe, é preciso ver menos os defeitos e mais as qualidades. Guardo da CNBB uma experiência luminosa, de amizade, de contatos, de lutas, às vezes, de provas muito grandes, mas tudo isso envolvido em muito amor. E essa nota do amor, essa unção, acho que não apareceu tanto nesses dias. É claro, cada um tem o seu jeito de abordar a questão.

Considero o tempo na CNBB, um tempo de enormes graças espirituais - as pessoas que conheci, a abertura de coração, as experiências sofridas de prisão, de perseguição, contatos com o governo. Lembro-me de dom Oscar Romero ... É muito difícil para mim, no contexto das colocações desses dias, de repente, acrescentar alguma coisa que vem de uma perspectiva que é muito do coração, o que não tira, creio, a vontade de ser objetivo.

Até hoje, entretanto, conservo da CNBB uma intensidade de afeto que volta muitas vezes a mim, quando faço oração sobre a vida, sobre as pessoas que conheci, os contatos que tive. Vocês ouviram dom Ivo! Minhas palavras inserem-se entre dom Ivo e dom Celso; vivi todo o tempo, secretário de um, e ao lado do outro quando ele era secretário. Vocês podem imaginar o que significam dezesseis anos de convivência fraterna! É muita coisa. É muita lembrança. São muitos fatos!

Então, é possível até escolher alguma coisa. Mas, para que não volte o aspecto muito pessoal, gostaria que a gente falasse da CNBB, não só com respeito, mas com “paixão”, porque é uma realização que vem de Deus. A união que houve, embora seja uma união sofrida e, às vezes, com aspectos dolorosos, é uma união milagrosa em momentos-chave: união com os bispos, união com a Santa Sé, união com os padres; experiências de união com os 55.000 religiosos do Brasil, e com os leigos!

Hoje, vamos descobrindo certos aspectos mais fortes da presença e atuação do laicato, mas a CNBB sempre, pelo menos nesses anos em que servi em Brasília, teve as portas completamente abertas para todo mundo que entra e sai. Não havia distâncias, devido à amizade entre as pessoas.

A CNBB é a casa de todo mundo, a qualquer hora do dia ou da noite. Havia até um problema para a cozinha. Nunca foi uma casa fechada. Nunca ninguém apresentou documento para entrar na CNBB. Vocês sabem que é assim; uma casa que é de todo mundo, uma casa que é a casa da Igreja no Brasil.

Então, como vejo esses aspectos? Vejo assim com muita gratidão. É claro que quando se trata de dizer que um bispo foi renovador ou restaurador, respeito isso com carinho, mas não me sinto à vontade, porque é como a mãe dizer que tem um filho um pouco deficiente. Ela não fala isso, ela nunca fala, ela dá um beijo, e não se envolve com essas situações. Não queria que se fizesse uma análise fria da CNBB.

Acho que a CNBB foi um lugar de muita amizade, de muito amor, de muito perdão que vivi nesses anos. Afinal, são dezesseis anos!

Em primeiro lugar, acho que, quando a gente publicar as atas desse encontro, tem de haver um certo tom na publicação e alguma apresentação da CNBB como corpo “vivo”, quer dizer, como realmente uma comunhão e transparência, que nem sempre podem acontecer, mas que, de fato, muitas vezes aconteceram. Esta era a primeira coisa que eu gostaria de colocar em evidência.

A segunda é o fato de que a CNBB nunca foi gloriosa. Nunca foi, digamos, elogiada, nem pela Santa Sé, nem pelo CELAM. Ela foi e é uma Igreja sofrida, de modo que quem quiser servir na CNBB para ter um aplauso, uma profissão, não é assim! Quem serve na CNBB - acredito que hoje seja parecido - tem de ter colete a prova de balas e tem de ter um coração forte. Você recebe não só criticas, mas, às vezes, confidências e manifestações profundas que você tem que guardar dentro de si e administrar isso com fé e oração.

De modo que acredito que essa marca de uma "igreja sofrida" é uma glória para o Brasil, mas não a glória no sentido de todo mundo achar bonito. Não é assim. Quem conhece as cartas que a gente recebe, quem sabe o que vem dentro dessas cartas, quem ouve às vezes as recriminações. Lembro-me de que ao passar por Roma, em algum Dicastério, falando com alguns bispos, tinha que abaixar a cabeça, para ouvir repreensões, e fazia isso com muita humildade.

Creio que, se por um lado tenho pela CNBB, digamos assim, um amor “apaixonado”, por outro lado, é um amor sofrido! Não pensem que quem ocupa algum cargo, seja ele qual for, vai receber por causa disso uma espécie de medalha, como a do Sarney. Não vai.

Quero dizer a dom Ivo que, naquele dia em que o Presidente concedia medalhas, eu fui por causa de dom Helder. Dom Helder aceitou a medalha e foi, e pediu que eu fosse com ele, e eu fui. Fiquei muito insatisfeito porque o senhor, dom lvo, não foi e ele foi. O quê que eu ia fazer? Deixar dom Helder ir sozinho, também não dava. Mas então, é só para lhes dizer que a relação com o Governo, da minha parte, sempre foi, não digo dura, mas foi sofrida. Esperava três horas ou mais para falar com o Ministro da Justiça.

Foi no tempo da prisão dos padres franceses, que saí daqui para ir a Belém e não pude nem visitá-los. Tive que voltar para Brasília. Às vezes, tinha que sofrer uma fiscalização e ficar ali dando razões. Vivi esse tempo duro.

Então, quero lhes dizer que considero a CNBB realmente com grande amor. Não falo com linguagem poética. É um amor sofrido quando você ama uma pessoa que passa por uma prova. É essa a lembrança que eu tenho da CNBB.

Tive uma vantagem na minha vida. Em 1981, por causa do CELAM, quando era secretário, fiz parte da comissão que visitou os bispos da América Central. Foi uma missão que me deram. Vocês imaginem a situação da Guatemala, de El Salvador, Costa Rica, tudo, tudo, e falando horas com eles e compreendendo o sofrimento de dom Oscar Romero, por exemplo. Oh, meu Deus! Quanto padeceu dom Romero, com aquelas tensões que havia. Tudo isso eu vivi, e vivi, às vezes, numa situação muito difícil, de não poder nem falar com os outros. Então nós éramos quatro bispos fazendo essa visita a toda América Latina. Guardo uma imagem, uma lembrança e um afeto sofrido, e acho que essa é a marca do Cristo. Não queiramos uma CNBB gloriosa, reconhecida, vanguardeira, realizando esquemas. Vejam, toda a parte de planejamento é útil, tudo o que sofremos para elaborar diretrizes, custou muito trabalho, mas nada disso chega perto da dedicação, por exemplo, dos assessores! Quanta gente sofreu quando não falaram bem dos assessores! Quem de nós não sabe que são pessoas que dedicaram a vida inteira, horas a fio, de madrugada, trabalhando, dando a vida pela Igreja no Brasil, correndo de lá para cá. Vocês sabem, isso custou muito mais a nós que estávamos na presidência, do que se tivessem falado de nós. Primeiro, porque eram grandes amigos. Sempre foram. Mereciam confiança. Agíamos com a maior transparência. Eles não podiam, muitas vezes, se defender. Então foi, e ainda é, um momento difícil, que teve reflexos na nova legislação da CNBB.

Tudo isso não quer dizer que guardo uma lembrança triste daqueles anos. Não é triste, é sofrida, o que diferente. Você, muitas vezes, enfrenta o sofrimento com garra, e isso causa alegria.

Nosso grupo sempre enfrentou dificuldades. Vocês podem estar certos de que a gente nunca procurou uma compensação. Vocês sabem disso, e o maior exemplo para mim é dom Ivo, que podia ter tido o reconhecimento oficial da Igreja, muito maior do que ele teve, todos os merecimentos que ele tem, mas ele e a CNBB viveram uma época difícil.

Agora eu queria acrescentar duas grandes realidades que vejo.

A CNBB entra na história como um grande exemplo da presença de Deus. Porque nós, os bispos, somos tão diferentes uns dos outros. Vocês sabem disso. Mas houve uma convivência. Há uma convivência, que pode sofrer desgastes, mas nas horas mais duras estivemos juntos. Posso dizer a vocês que visitei uma grande parte dos bispos do Brasil naqueles anos, desde os bispos das áreas indígenas, mais sofridas, até aqueles que estavam passando por doenças. Estive com dom Avelar no dia em que recebeu a notícia do câncer. Depois, ia visitá-lo sempre que estava em São Paulo. Essas visitas fizeram a gente se conhecer melhor do que numa assembleia. Na assembleia, a pessoa pega o microfone e diz o que acha naquela hora, mas as conversas em clima de amizade são diferentes.

Uma vez eu cheguei a Pelotas para visitar dom Jayme. Edifiquei-me porque ele tinha para me dar apenas um pedaço de pão, e um gole de café, a tal ponto era a sua vida de pobreza. Nunca me esqueci disso.

E assim também eu estive no Nordeste. Hoje nós estamos comemorando aqui a data de Cajazeiras. O bispo de Cajazeiras, dom Zacarias, era um pobre total. Não tinha nada. Usava batina porque não tinha roupa em baixo.

Assim, há realmente um nível de relacionamentos entre pessoas que a história não conta, e que é mais importante, e é isso que faz a CNBB. É a ligação existencial, é o perdão quando a gente diz uma coisa errada, quando a gente, às vezes - eu me lembro - saía de uma assembleia, procurava o bispo e dizia: "O senhor me desculpe pelo que falei". Às vezes a gente ia se confessar com ele naqueles dias de confissão comum: "O senhor me desculpe".

Isso é uma coisa muita bonita e que talvez não exista em outros lugares. Pelo que eu conheço dos bispos dos Estados Unidos, Canadá, França, Espanha, Itália, convidado que fui naquelas épocas, como outros também, não era tão forte o tipo de relacionamento das pessoas. (...)

CatolicaNet

A água é um direito humano


A água e o saneamento enquanto um direito humano na União Europeia é o objetivo da Iniciativa de Cidadãos Europeus, que para o efeito divulgaram já a 17 de outubro um vídeo de promoção desta campanha, sob o lema «Right To Water – A Água é um Direito Humano». 

O vídeo arranca com a nota de que «em 2010, as Nações Unidas declararam a água e o saneamento como direitos humanos», procurando assim explicar, «de forma simples», como explicam os promotores, os principais objetivos da campanha. 

De acordo com os peticionários, «no primeiro mês de recolha de assinaturas online, 30 mil pessoas aderiram» – os resultados e a proposta para assinar podem ser vistos no site da iniciativa em http://www.right2water.eu/. No entanto, avisam os promotores, «ainda falta muito para que o objetivo e a exigência de um milhão de assinaturas sejam recolhidos pelos diferentes países a nível europeu». Só desta forma a iniciativa «poderá tornar-se parte da ‘Agenda’ da Comissão Europeia».


Fátima Missionária

"Para um renovado dinamismo missionário"


Na sua homilia, partindo do episódio da cura do cego Bartimeu, o Papa relacionou a situação do cego com a situação do homem que tem necessidade da luz da fé para caminhar pela estrada da vida: «Bartimeu não é cego de nascença, mas perdeu a vista: é o homem que perdeu a luz e está ciente disso, mas não perdeu a esperança. Num de seus escritos, Santo Agostinho interpreta Bartimeu como pessoa decaída duma condição de grande prosperidade e nos convida a refletir sobre o fato de que há riquezas preciosas na nossa vida que podemos perder e que não são materiais».

Acrescentou Bento XVI que «nesta perspectiva, Bartimeu poderia representar aqueles que vivem em regiões de antiga evangelização, onde a luz da fé se debilitou, e se afastaram de Deus. São pessoas que deste modo perderam uma grande riqueza, decaíram duma alta dignidade – não econômica ou de poder terreno, mas a dignidade cristã –, perderam a orientação segura e firme da vida e tornaram-se, muitas vezes inconscientemente, mendigos no sentido da existência».

Frisou ainda que «são muitas as pessoas que precisam de uma nova evangelização, ou seja, de um novo encontro com Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que pode voltar a abrir os seus olhos e ensinar-lhes a estrada. A nova evangelização diz respeito a toda a vida da Igreja. Refere-se, em primeiro lugar, à pastoral ordinária que deve ser mais animada pelo fogo do Espírito a fim de incendiar os corações dos fiéis que frequentam regularmente a comunidade reunindo-se no dia do Senhor para se alimentarem de sua Palavra e do Pão de vida eterna».

Seguidamente o Papa sublinhou as três linhas pastorais que emergiram do Sínodo: «A primeira diz respeito aos sacramentos da iniciação cristã». A segunda é que «a nova evangelização está essencialmente ligada à missão ad gentes. A Igreja tem o dever de evangelizar, de anunciar a mensagem da salvação aos homens que ainda não conhecem Jesus Cristo». «Por isso, é preciso pedir ao Espírito Santo que suscite na Igreja um renovado dinamismo missionário, cujos protagonistas sejam, de modo especial, os agentes pastorais e os fiéis leigos. A globalização provocou um notável deslocamento de populações, pelo que se impõe a necessidade do primeiro anúncio também nos países de antiga evangelização».

A terceira linha pastoral, no entender de Bento XVI, diz respeito aos batizados que não vivem as exigências do Batismo: «Durante os trabalhos sinodais, foi posto em evidência que estas pessoas se encontram em todos os continentes, especialmente nos países secularizados. A Igreja dedica-lhes uma atenção especial, para que encontrem de novo Jesus Cristo, redescubram a alegria da fé e voltem à prática religiosa na comunidade dos fiéis. Para além dos métodos tradicionais de pastoral, sempre válidos, a Igreja procura lançar mão de novos métodos, valendo-se também de novas linguagens, apropriadas às diversas culturas do mundo, para implementar um diálogo de simpatia e amizade que se fundamenta em Deus que é Amor».


Fátima Missionária

Dermatologistas alertam que psoríase não é contagiosa


Da Redação, com Agências


Sociedade Brasileira de Dermatologia
Campanha Dia Mundial da Psoríase - Policlinica Geral do Rio de Janeiro
Nesta segunda-feira, 29, é lembrado o Dia Mundial da Psoríase. Uma campanha coordenada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) tenta conscientizar as pessoas de que a doença não é contagiosa e pede o fim do preconceito. O movimento conta com o apoio de associações de pacientes em diversos estados.
No último dia 26, a SBD realizou mais uma ação de sucesso com a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase. Médicos voluntários estiveram em 50 postos de esclarecimento espalhados por 17 estados de todas as regiões do país ministrando palestras, distribuindo fôlderes informativos e prestando esclarecimentos sobre a doença à população.

Sobre a doença

A psoríase é uma doença imuneinflamatória crônica da pele que afeta aproximadamente 3% da população mundial. É bastante frequente entre homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, podendo também ser diagnosticada em outras fases da vida.

Até hoje não se sabem os motivos causadores da doença, mas pesquisas científicas demonstram que, em 30% dos casos, o fator genético está envolvido. No entanto, estresse emocional, traumas ou irritações na pele, infecções na garganta, baixa umidade do ar ou alguns medicamentos podem aumentar ou iniciar a doença.

Canção Nova

Entenda o significado da logomarca do Ano da Fé


Kelen Galvan
Da Redação, com Arquidiocese de Palmas


O Ano da Fé é um tempo próprio para redescobrir, aprofundar e viver a fé católica. Esse período foi aberto oficialmente pelo Papa Bento XVI no dia 11 deste mês com uma Santa Missa realizada no Vaticano.

Até o dia 24 de novembro de 2013, quando será encerrado o Ano da Fé, o Santo Padre propõe várias atitudes para os católicos crescerem nessa virtude, entre elas, estudar o Catecismo da Igreja Católica (CIC), melhorar o testemunho cristão e crescer em obras de caridade.

Uma logomarca vai acompanhar toda a trajetória do Ano da Fé, carregada de um significado próprio. Entenda cada parte deste logo:



No campo quadrado e com borda, encontra-se simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre águas sutilmente esboçadas.

O mastro principal é uma cruz que iça as velas. Estas por sua vez, realizam o Trigama de Cristo (IHS). E, ao fundo das velas, aparece o sol que associado ao Trigama remete à Eucaristia. 

Canção Nova

Papa destaca desafios e esperanças dos migrantes


Kelen Galvan
Da Redação


Arquivo
Bento XVI destaca responsabilidades da Igreja em relação aos migrantes
A Santa Sé divulgou nesta segunda-feira, 29, a mensagem do Papa Bento XVI para a Jornada Mundial do Migrante e Refugiado, que será celebrada no dia 13 de janeiro do próximo ano.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Mensagem do Papa


Na mensagem, o Santo Padre destaca o impressionante fenômeno dos fluxos migratórios que envolvem uma grande quantidade de pessoas e levanta problemáticas sociais, econômicas, políticas, culturais e religiosas, além dos desafios que a questão coloca à comunidade nacional e internacional.

"[Isso porque] todo o migrante é uma pessoa humana e, enquanto tal, possui direitos fundamentais inalienáveis que hão-de ser respeitados por todos em qualquer situação".

A Igreja caminha juntamente com toda a humanidade, afirmou Bento XVI, ao destacar que em sua Encíclica Caritas in Veritate, havia ressaltado que "'a Igreja inteira, em todo o seu ser e agir, quando anuncia, celebra e atua na caridade, tende a promover o desenvolvimento integral do homem" (n. 11), referindo-se também aos milhões de homens e mulheres que, por diversas razões, vivem a experiência da emigração.

O tema da Jornada Mundial do Migrante e Refugiado, escolhido por Bento XVI, será "Migrações: peregrinação de fé e de esperança", um binômio que, segundo o Papa, é indivisível no coração de muitos migrantes.

Ao mesmo tempo que existe o desejo de uma vida melhor, existe, em muitos corações, a confiança de que Deus não abandona as sua criaturas, destacou o Santo Padre. "Por isso, fé e esperança enchem muitas vezes a bagagem daqueles que emigram, cientes de que, com elas, 'podemos enfrentar o nosso tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceito, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho'" (Enc. Spe salvi, 1).

No vasto campo das migrações, a Igreja Católica se envolve em várias dimensões, seja com ações concretas de socorro diante de realidades de pobreza e sofrimento, em que muitos se encontram inseridos, ou mesmo no acolhimento e inserção integral do migrantes no novo contexto sóciocultural.

"A Igreja e as diversas realidades que nela se inspiram são chamadas a evitar o risco do mero assistencialismo na sua relação com os migrantes e refugiados, procurando favorecer a autêntica integração numa sociedade onde todos sejam membros ativos e responsáveis pelo bem-estar do outro, prestando generosamente as suas contribuições originais, com pleno direito de cidadania e participação nos mesmos direitos e deveres", destacou Bento XVI.

Tudo sem descuidar da dimensão religiosa, que constitui o dever mais importante e específico da Igreja, pela própria missão que lhe foi confiada por Cristo, explicou o Papa. Essa comunhão espiritual caminha lado a lado com a promoção humana, que abre os caminhos a "'uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo' (Carta ap. Porta fidei, 6). É sempre um dom precioso tudo aquilo que a Igreja proporciona visando conduzir ao encontro de Cristo, que abre para uma esperança sólida e credível".

O Santo Padre destacou também a questão da imigração ilegal, principalmente nos casos em que estão relacionadas ao tráfico e exploração de pessoas. "Tais delitos hão-de ser decididamente condenados e punidos, ao mesmo tempo que uma gestão regulamentada dos fluxos migratórios – que não se reduza ao encerramento hermético das fronteiras, ao agravamento das sanções contra os ilegais e à adoção de medidas que desencorajem novos ingressos – poderia pelo menos limitar o perigo de muitos migrantes acabarem vítimas dos referidos tráficos".

Por fim, o Papa fez votos de que a Jornada Mundial ajude a renovar a confiança e a esperança no Senhor. "Não percais ocasião de encontrá-Lo e reconhecer o seu rosto nos gestos de bondade que recebeis ao longo da vossa peregrinação de migrantes. Alegrai-vos porque o Senhor está ao vosso lado e, com Ele, podereis superar obstáculos e dificuldades, valorizando os testemunhos de abertura e acolhimento que muitos vos oferecem".

Canção Nova
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